Os Correios proibiram o uso do WhatsApp durante o expediente na empresa estatal. A decisão tem como principais motivos a segurança das informações corporativas e preocupações com a saúde física dos trabalhadores.
A proibição tem como objetivo evitar o vazamento de dados sensíveis da estatal. Segundo os Correios, o WhatsApp pessoal dos colaboradores não é gerenciado pela área de tecnologia da informação da empresa, o que inviabiliza o monitoramento de conteúdos e dificulta a responsabilização por eventuais transgressões administrativas.
De acordo com o Correios, o uso do aplicativo WhatsApp não oferece controle sobre documentos considerados sigilosos. Em comunicado interno, a empresa afirma que “a criação e manutenção de grupos de mensagens por gestores pode envolver a troca de informações classificadas como restritas em um canal não homologado”.
Saúde ergonômica
Além da segurança da informação, a estatal também apontou questões ergonômicas. Conforme o documento, o uso prolongado do WhatsApp em dispositivos móveis pode comprometer a saúde dos funcionários. O aplicativo é bloqueado nos navegadores instalados nos computadores da empresa, o que impede seu uso de forma mais adaptada.
Por fim, como alternativa, os Correios indicam o uso do Microsoft Teams, plataforma que integra o pacote de serviços contratado pela empresa. Segundo a estatal, mais de 40 mil funcionários já têm acesso à ferramenta — cerca da metade do quadro total, que conta com mais de 80 mil trabalhadores. A estatal, no entanto, não informou como será feito o acesso à plataforma pelos demais servidores.
Crise no Correios
Ademais, a estatal vive momento financeiro delicado. Em janeiro, por exemplo, registrou o pior prejuízo na história para o mês: R$ 424 milhões. Em 2024, o déficit dos Correios foi o maior da história e superou R$ 3 bilhões.