O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou nesta segunda-feira (10) uma resolução de cessar-fogo no conflito entre Israel e Palestina. Foram 14 votos a favor da proposta, apresentada pelos Estados Unidos. A única abstenção foi da Rússia.
A resolução diz que o governo israelense já aceitou o acordo e falta uma manifestação por parte dos palestinos. O documento ainda pede que o cessar-fogo seja implementado imediatamente e sem condições.
“Estamos esperando o Hamas aceitar o acordo de cessar-fogo que ele alega querer”, disse a embaixadora dos EUA à ONU, Linda Thomas-Greenfield, ao conselho, antes da votação. “A cada dia que passa, continua o sofrimento desnecessário“, acrescentou a diplomata.
A proposta prevê fim da violência, libertação dos reféns, retiradas das forças israelenses das áreas mais populosas de Gaza e autorização para que famílias palestinas retornem às suas casas. Está prevista ainda a distribuição de ajuda humanitária, até mesmo unidades habitacionais.
“A resolução enfatiza que o cessar-fogo deve continuar enquanto as negociações prosseguirem. O texto ainda ressalta a importância de as partes aderirem aos termos da proposta e conclama todos os Estados-membros e a própria ONU a apoiar sua implementação”, informa a Agência ONU News.
O documento não trata de mudança territorial em Gaza e defende que a solução para a região passe pela criação de dois Estados, com fronteiras reconhecidas conforme a legislação internacional. Para os países do conselho, Gaza e Cisjordânia deveriam ficar sob comando da Autoridade Palestina.
O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes, que são representantes da China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Além destes, dez outros países são eleitos pela Assembléia Geral para mandatos de dois anos.
Atualmente os membros temporários do Conselho de Segurança são Argélia, Guiana, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia, Japão, Malta, Moçambique e Suíça. O Brasil era parte do Conselho até dezembro de 2023.