A Santa Casa de Misericórdia de Anápolis adota otimismo para o início dos atendimentos no Centro de Radioterapia. Segundo diretora da instituição, a previsão é que o espaço receba pacientes com câncer até o fim do ano, estando atualmente em fase de instalação dos equipamentos.
Quem dá detalhes sobre as etapas para a inauguração do Centro de Radioterapia é a diretora-executiva da Santa Casa, Maria Augusta Pires. Ela explica que, após a instalação elétrica, a etapa seguinte consiste em obter alvarás e autorizações de funcionamento, a fim de assegurar a atuação oncológica no local. A instituição, inclusive, terá de solicitar um documento específico para operar energia nuclear.
“Quais são os próximos passos que nós devemos seguir? Alvarás, municipais, estaduais, e o principal documento é a autorização de operação da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Então, perseguindo esse espaço, cumprindo essas etapas, a gente faz portas abertas”, diz Pires em entrevista ao repórter Samih Zakzak.
Além das etapas citadas, a diretora menciona também pormenores que terão de ser ajustados até a chegada do grande dia, como mobiliar o Centro de Radioterapia para receber os pacientes.
Segundo a Santa Casa de Anápolis, o Centro de Radioterapia contará com capacidade para 150 pacientes, entre tratamentos e consultas. Pires salienta que a assistência oncológica necessita de atendimento multiprofissional, envolvendo médicos, psicólogos, nutricionistas e outras funções para obter um tratamento eficiente e humanizado.
Acelerador linear
A autorização para operar energia nuclear se refere ao acelerador linear, principal e mais caro equipamento designado ao tratamento de câncer por radioterapia. A compra do aparelho foi oriunda do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (PER/SUS) e do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), conforme explica Maria Augusta Pires.
O acelerador linear produz radiação que gera energia através da aceleração de elétrons, formando feixes precisos que podem ser direcionados especificamente para as células cancerosas. Além disso, o aparelho permite diferentes técnicas de tratamento não invasivo contra o câncer.
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