A Câmara de Anápolis vive dias de tensão após uma série de episódios envolvendo perseguição a vereadores, levando a Mesa Diretora a estudar medidas para reforçar a segurança do prédio legislativo.
O debate retomou força na segunda-feira (9) quando o vereador Rimet Jules (PT) registrou boletim de ocorrência contra um homem que foi até seu gabinete. Segundo o parlamentar, não era a primeira vez que o denunciado o teria ameaçado.
O caso chamou atenção pelo fato de o suspeito, que utiliza tornozeleira eletrônica, ter acessado livremente as dependências da Casa para cobrar do vereador uma vaga de emprego. Rimet frisou já ter tomado as medidas jurídicas e administrativas cabíveis, com o indivíduo sendo conduzido pela Polícia Militar (PM).
A situação expôs o sistema de segurança do Legislativo, onde atualmente qualquer um pode entrar com facilidade, levando a sério o termo “casa do povo” utilizado como nome alternativo para as Câmaras Municipais.
Embora exista uma empresa terceirizada de vigilância, não há detectores de metais ou protocolos rígidos de controle. Tais itens assegurariam maior impressão de segurança no interior da Casa de Leis, sem tornar o ambiente excludente à população.
Mais denúncias na Câmara de Anápolis
Na mesma sessão, o vereador Luzimar Silva (PP) subiu à tribuna para expressar suas preocupações. O parlamentar comentou ter tido que “blindar seu veículo e mudar de casa” devido a perseguição.
“Algumas mensagens de pessoas me procurando. Parece que eu nasci ontem, né? Querendo puxar minha língua, querendo manipular alguma coisa para me prejudicar. Mas estou atento e tive que me precaver”.
Antes deles, os vereadores Domingos Paula (PDT) e Cabo Fred Caixeta (PRTB) já haviam denunciado situações semelhantes. Eles haviam pedido providências à presidente Andreia Rezende (Avante).
A Mesa Diretora agora avalia medidas para coibir a insegurança na Câmara de Anápolis. “É coisa da política”, resumiu Luzimar, mesmo tendo adotado medidas extremas de proteção.
