Anápolis mostrou sua força como unidade consumidora em balanço da Saneago referente ao ano de 2024. Segundo os dados da companhia, a cidade se consolidou como a segunda maior fonte de arrecadação líquida da concessionária, representando 7,27% do total da receita. O desempenho coloca o município à frente de Aparecida de Goiânia, que ficou na terceira posição com 4,17% da arrecadação.
De acordo com o relatório, Anápolis superou outros importantes polos econômicos do estado, como Valparaíso de Goiás (2,80%), Rio Verde (2,48%) e Luziânia (2,22%). O resultado reforça a relevância econômica de Anápolis para a estrutura financeira da estatal, que opera em 223 municípios goianos.
A capital do estado Goiânia mantém a liderança absoluta, concentrando 36,22% da arrecadação total da Saneago. As dez cidades com maior arrecadação somaram 61,77% da receita líquida da concessionária em 2024.
Desafios em Anápolis
Apesar do desempenho financeiro positivo, Anápolis enfrentou desafios causados pela Saneago em 2024, como os casos de água turva reportados por moradores nos últimos meses do ano. O problema gerou uma série de queixas e levou a investigações sobre a qualidade da água distribuída no município. Somente em 2025, o problema foi sanado pela empresa, que ainda assegurou um desconto “discreto” na fatura de março dos anapolinos.
Além disso, ocorrem críticas à Saneago quanto a demora em fechar os buracos abertos em vias de Anápolis para a realização de serviços. O tema já foi foco do prefeito Márcio Corrêa (PL) ao comentar a atuação da concessionária.
Balanço da Saneago: Resultados financeiros
Com lucro acumulado de R$ 621,5 milhões em 2024, a Saneago registrou novo recorde histórico. Contudo, três pontos foram cruciais para o aumento de 18% na arrecadação: reajuste tarifário, expansão dos serviços e elevação do consumo médio por ligação.
Por fim, a companhia também se destacou por registrar apenas 23,54% de perdas de água na distribuição. A taxa atinge, adiantadamente, a meta estabelecida pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico, que prevê redução das perdas para 25% até 2033.
