ANÁPOLIS GOIÁS
SHOW DA SÃO FRANCISCO
Atualizado em 05/05/2025 - 9:53
foto de macaco no central parque senador onofre quinan
Os macacos são um charme a mais no Central Parque, porém os ataques têm se tornado comuns (Foto: Carlos Heimar/Google)

Desde a última semana, quem transita pelo Central Parque Senador Onofre Quinan percebe áreas isoladas do público. A interdição parcial do tradicional parque de Anápolis decorre de ataques recentes dos macacos em humanos. Na terça-feira (29), um homem foi mordido no tornozelo enquanto realizava caminhada no local.

O episódio não é isolado. Relatos de ataques anteriores indicam um padrão de aproximação agressiva dos animais, principalmente nos últimos dias. Porém, a origem do problema não está nos macacos, e sim nos humanos, que buscam interagir com os animais e os alimentam sem pensar nas consequências.

“Eles não estão passando fome, muito pelo contrário. O ser humano está alimentando esses animais de forma errada, de forma incorreta. Mesmo se for parte da dieta nutricional desses animais, não pode. Se esse animal não tivesse contato direto com o ser humano, ele iria ter medo e iria estar apenas dentro da mata. Na mata tem todos os nutrientes que eles precisam para a sobreviver”, afirma Elisângela Albuquerque, coordenadora de Fauna da Prefeitura de Anápolis.

“Temos que aprender a conviver com os animais de forma harmônica”, complementou em entrevista à Rádio São Francisco.

O isolamento de determinada área do Parque Onofre Quinan, inclusive, já tem gerado mudanças na percepção dos animais e de quem os observa. Conforme explica Elisângela, nas manhãs seguintes a ação, nenhum macaco foi visto. A coordenadora de Fauna justifica a falta de barulho como causa para os animais seguirem na mata.

“Não tinha pessoas transitando, fazendo barulho, conversando. E esses sons acabam atraindo esses animais, que aí eles ligam o som, a presença das pessoas com a alimentação. Então, eles acham que todo mundo que está segurando uma sacolinha na mão está com alimento”, comenta.

Casa nova para alguns

Elisângela alerta que as áreas seguirão isoladas até que ocorra a captura de alguns dos animais por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Cerca de dez macacos com comportamentos destoantes serão deslocados para outra área, a fim de evitar novos ataques no Central Parque Onofre Quinan.

“Vamos estar fazendo da maneira melhor possível para eles. Nós iremos encaminhar para uma área de proteção ambiental, onde que eles possam viver tranquilos, sem esse contato com o ser humano, sem essa interação negativa.”

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