ANÁPOLIS GOIÁS
SHOW DA SÃO FRANCISCO
Atualizado em 01/07/2025 - 16:35
foto de ônibus da urban circulando por anápolis
Ônibus voltaram a circular na madrugada desta terça-feira (1º) em Anápolis (Foto: Jonathan Cavalcante/Rádio São Francisco)

A crise no transporte coletivo de Anápolis ganhou novos contornos após a paralisação total dos ônibus nesta segunda-feira (30). O prefeito Márcio Corrêa (PL) não descartou a possibilidade de romper o contrato com a Urban, atual concessionária do serviço, diante de sucessivos descumprimentos contratuais e da insatisfação crescente da população com a qualidade do transporte público.

Se está ruim para a empresa, assim como está ruim para o município e para os usuários, não há dificuldade em rescindir o contrato”, teria dito o prefeito em reunião com aliados, conforme noticiado pelo Anápolis Notícias.

A fala, dita na segunda-feira (30), cobrava o retorno imediato do serviço e a implementação de melhorias previstas em contrato, mas ainda não cumpridas, como a renovação da frota.

Resposta da Urban

Em resposta, o assessor jurídico da Urban, Carlos Leão, sinalizou que a empresa não tem intenção de abandonar a operação em Anápolis. Além disso, destacou que o contrato de concessão continua válido.

“Bom lembrar que nós temos um contrato de concessão, uma concessão que foi onerosa, um serviço que vem sendo prestado pela operadora. Os salários, inclusive, estão rigorosamente em dia. Muito embora tenha a negociação aqui relativa à data base, os horários estão sendo cumpridos, e o serviço em si, na verdade, ele é do município. A empresa somente opera mediante delegação, mediante determinação do poder público. Então, o que o poder público determina, a empresa cumpre. Em contrapartida, tem que haver o equilíbrio econômico financeiro do contrato”, frisou ao repórter Victor Santos em entrevista à Rádio São Francisco.

Carlos Leão também argumentou que a crise no transporte não é exclusiva de Anápolis e apontou o desequilíbrio econômico-financeiro como um fator decisivo. “O sistema está muito desequilibrado. Se não houver subsídio por parte do poder público, o serviço vai ficando insustentável. Goiânia, por exemplo, já reconheceu isso”, disse.

Apesar das tensões, o assessor reconheceu o esforço da atual gestão municipal para manter o diálogo, mas cobrou agilidade na tomada de decisões. “Já tivemos várias reuniões com a administração. A intenção é boa, mas é preciso materializar essas questões para que não se arrastem no tempo.”

Reunião definirá rumos

A definição sobre o futuro da Urban em Anápolis agora depende dos desdobramentos das negociações previstas para esta terça-feira (1º) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com a presença da Prefeitura, da empresa e do sindicato dos motoristas. Enquanto isso, a operação dos ônibus foi retomada, mas o cenário segue com mais dúvidas do que respostas.

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