A icônica rivalidade entre Duracell e Energizer, duas gigantes segmento de pilhas e baterias, ganhou mais um capítulo nos tribunais. O motivo? Uma suposta propaganda enganosa na qual uma pilha duraria mais que a dos concorrentes.
A Duracell foi quem entrou com um processo contra a concorrente nos Estados Unidos, alegando publicidade falsa em uma campanha recente das pilhas Energizer MAX.
Baterias duram 10% a mais
Conforme a denúncia, veiculada na última sexta-feira (14), a Energizer afirma que suas pilhas duram 10% mais que as Duracell Power Boost.
A Duracell contesta, dizendo que essa comparação foi baseada apenas em testes com aparadores pessoais, conforme um único padrão do Instituto Nacional Americano de Padrões (ANSI).
Para a fabricante do clássico design preto e cobre nas pilhas, a alegação é “enganosa e confusa”. Afinal, dá a entender que essa superioridade se aplica a todos os dispositivos, o que não seria verdade conforme a argumentação da Duracell.
“É uma tentativa clara da Energizer de aumentar sua fatia de mercado às custas da nossa reputação”, afirma a Duracell no processo.
A empresa afetada pede a suspensão imediata da campanha, divulgação de uma retratação e indenizações por danos morais, materiais e punitivos. Todavia, a Energizer ainda não comentou publicamente o caso.
Rivalidade antiga
Esta não é a primeira batalha jurídica entre as duas marcas. Em 2019 e 2020, ambas se enfrentaram em ações semelhantes sobre alegações de desempenho, mas chegaram a acordos extrajudiciais.
Desta vez, o embate volta com força em meio a uma disputa acirrada por mercado. Enquanto a Energizer faturou US$ 2,88 bilhões em 2024, a Duracell, embora com receita menor (US$ 2 bilhões), afirma ter maior participação nos lares americanos: 45% contra 26% da rival.
Além do embate legal, o caso reacende o debate sobre os limites da publicidade comparativa e a necessidade de maior transparência nos testes de desempenho divulgados ao consumidor. Afinal, nem sempre o coelho que toca o tambor mais alto dura mais tempo.