Durante sessão da Câmara de Capão Bonito (SP), em 2 de junho, um termo entendido de forma errônea chamou atenção. O vereador Clayton Sassá (União Brasil) se declarou “totalmente contrário” ao tombamento da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, um dos principais marcos históricos da cidade.
O motivo da oposição, no entanto, foi o que pegou os presentes de surpresa. Afinal, o vereador demonstrou não compreender o significado do termo “tombamento”. Em suas falas, ficou claro que ele acabou confundindo a palavra como sinônimo de demolição.
“Não sou católico, mas respeito cada um, cada crença, cada religião. Meu ponto de vista, como se trata de igreja histórica, 150 anos, não são 150 dias, não são 150 meses. [Sou] totalmente contrário ao tombamento dessa igreja. Ao contrário, tem que se tornar um patrimônio público histórico do nosso município porque é uma marca para a Igreja Católica”, declarou Sassá durante seu discurso.
A fala gerou repercussão, já que o tombamento, ao contrário do que o vereador afirmou, é um mecanismo legal para preservar bens de valor histórico, cultural, artístico ou arquitetônico. O mecanismo assegura que a construção não seja descaracterizada ou destruída.
Apesar da confusão conceitual, Sassá sugeriu ações que, na prática, estariam alinhadas à ideia de preservação. “Vou entrar com um pedido para que naquela localidade seja feito um protocolo, uma medida, para que seja extremamente proibido passar caminhão naquela rua e que, se passar, seja multado”, afirmou.
Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição
A Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição tem papel fundamental na história do município. A primeira missa no local foi celebrada em 22 de agosto de 1850, data que marca o início do povoado que daria origem à cidade.
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