ANÁPOLIS GOIÁS
MADRUGADA SERTANEJA
Atualizado em 21/05/2025 - 12:11
foto de bebê recebendo atendimento médico
Aumento de casos foi identificado em comparação com 2024 (Foto: Suyanne Dias/SES)

Os primeiros meses de 2025 têm sido de aumento significativo no número de crianças com infecções respiratórias em Goiás. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) alerta para os casos causados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por quadros graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em bebês e crianças pequenas. A maior circulação do agente viral acontece durante o outono, entre março e junho.

Dados da SES apontam que, até a 19ª semana epidemiológica deste ano, foram notificados 1.009 casos de SRAG pelo VSR, com 16 mortes ao todo. Contudo, no mesmo período de 2024, o estado registrou 726 notificações e 13 óbitos. A maioria das ocorrências atuais (82%) envolvem crianças com menos de dois anos de idade.

Situação no HDT

No Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), referência no atendimento de infecções respiratórias, o número de atendimentos por VSR também aumentou. O salto foi de 37,5% entre janeiro e abril de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Conforme explica Fernando Oliveira Mateus, infectologista pediátrico, bebês prematuros e crianças com cardiopatias ou doenças pulmonares crônicas têm maior risco de desenvolver formas graves da doença. “Nos casos mais severos, não se trata apenas de um resfriado. Há risco de falta de ar, aumento da frequência respiratória, queda na saturação de oxigênio e até desidratação”, explica.

Ademais, o diagnóstico do VSR é obtido via exames clínicos. Enquanto o tratamento é sintomático, com hidratação, alimentação adequada e, em quadros graves, suporte hospitalar com oxigênio e fisioterapia respiratória.

Medidas de prevenção

A SES-GO recomenda que crianças com sinais de piora, como recusa alimentar, dificuldade para respirar ou sonolência excessiva, sejam levadas imediatamente ao serviço médico. A prevenção inclui lavagem frequente das mãos, evitar aglomerações e manter a criança em casa em caso de sintomas.

Por fim, para bebês com fatores de risco, o sistema público disponibiliza profilaxia com anticorpos monoclonais durante os meses de maior circulação do vírus. Na rede privada, contudo, também é recomendada a vacinação contra o VSR para gestantes entre a 32ª e a 36ª semana de gravidez.

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