ANÁPOLIS GOIÁS
MANHÃ DA SÃO FRANCISCO
Atualizado em 09/04/2025 - 9:24
foto de lula ao lado do ex-ministro juscelino filho
Juscelino Filho estava a frente da pasta da Comunicação desde 2023 (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), pediu demissão do cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção. A saída foi oficializada após telefonema do presidente Lula (PT). no qual orienta o deputado federal licenciado a realizar sua defesa fora do governo. A denúncia envolve supostos desvios de emendas parlamentares quando atuava na Câmara dos Deputados.

Segundo nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) às 20h10, “o presidente Lula telefonou, no início da tarde desta 3ª feira (8.abr), para o ministro Juscelino Filho e o orientou a pedir demissão, para que possa fazer sua ampla defesa fora do governo”.

Antes, Juscelino participou de um almoço de emergência convocado pelo presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que contou com a presença da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). O encontro, que já estava marcado, foi ampliado para discutir uma solução para a crise desencadeada pela denúncia. O ministro do Turismo, Celso Sabino (União), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), e o líder do partido na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (União), também estiveram presentes.

Em carta aberta divulgada às 19h20, o ex-ministro afirmou ter contado com “apoio incondicional” de Lula durante sua gestão. Ele também justificou sua saída como uma forma de proteger o projeto do governo federal. “A decisão de sair agora também é um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro. Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, porque sei que a verdade há de prevalecer”, escreveu.

Juscelino estava à frente da pasta da Comunicação desde o início do mandato de Lula, em 2023. O governo ainda se articula para nomear uma nova frente na pasta.

Investigação sobre desvio de emendas

A denúncia da PGR está relacionada a suspeitas de desvio de emendas parlamentares quando Juscelino era deputado federal pelo Maranhão, em 2022. As investigações apontam para uso indevido de recursos públicos na pavimentação de estradas que dão acesso a propriedades da família do ministro na cidade de Vitorino Freire (MA). O município é administrado pela irmã de Juscelino Filho, Luanna Rezende (União).

Em junho de 2024, a Polícia Federal indiciou Juscelino pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A denúncia foi apresentada na última semana ao ministro Flávio Dino, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo corre sob sigilo.

Em nota, a defesa do ex-ministro reafirmou sua inocência, alegando que “o oferecimento de uma denúncia não implica em culpa” e que “como deputado federal, no mandato anterior, Juscelino Filho limitou-se a indicar emendas parlamentares para custear a realização de obras em benefício da população”.

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