ANÁPOLIS GOIÁS
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Atualizado em 12/12/2024 - 9:02
foto dos vereadores de Anápolis debatendo proposta de suplementação orçamentária
Vereadores discutiram acerca de mudanças no texto do projeto (Foto: Victor Santos/Rádio São Francisco)

A Câmara Municipal de Anápolis tentou votar, nesta quarta-feira (11), o projeto de suplementação da lei orçamentária proposto pelo Executivo. A sessão foi marcada por intensos debates, expondo o embate político entre a base do atual prefeito, Roberto Naves (Republicanos), e a do prefeito eleito, Márcio Corrêa (PL).

O texto, que mantém o índice de suplementação em 38%, enfrenta resistências entre os vereadores, que cobram mais detalhamento sobre a aplicação dos recursos. Na última semana, os membros do Legislativo já haviam recusado uma primeira versão do texto em votação no plenário, que tinha um implemento de 50% no orçamento municipal.

Na nova versão, contudo, a suplementação exclui despesas relacionadas ao pagamento de pessoal, cumprimento de sentenças judiciais e repasses para fundos de saúde, educação, previdência e integração social.

Vereadores Thaís Souza (Republicanos), José Fernandes (MDB), Andreia Rezende (Avante) e Jakson Charles (PSB) (Foto: Victor Santos/Rádio São Francisco)

Porém, a principal controvérsia gira em torno da falta de transparência no detalhamento do orçamento. Vereadores apontam a ausência de uma planilha que especifique de onde os recursos seriam retirados e para onde seriam direcionados.

Suplementação orçamentária sem aprovação

A proposta não foi aprovada mesmo após duas interrupções para análise e substituição do texto. No entanto, a energia elétrica foi quem, desta vez, impediu que o projeto fosse votado, por volta das 14 horas.

A queda de energia ocorreu enquanto se discutia o texto substitutivo para o projeto, garantindo a suplementação exclusivamente para o pagamento de servidores. Domingos Paula, presidente da Câmara, finalizou a sessão no escuro e saiu sem se despedir dos vereadores e servidores presentes.

População marcou presença no plenário da Câmara Municipal (Foto: Samih Zakzak/Rádio São Francisco)

Após o término da sessão, vereadores questionaram sobre o não prosseguimento da votação. Afinal, a energia elétrica foi retomada na Câmara Municipal cerca de 15 minutos depois do encerramento.

A distribuidora Equatorial Goiás informou, no entanto, que não identificou falhas na rede elétrica do prédio durante o período e ressaltou que seus canais oficiais estão disponíveis para registro de ocorrências.

Nova sessão

Por fim, os vereadores voltam a se reunir nesta quinta-feira (12), às 10 horas, em nova sessão extra para votarem cinco projetos. Entre eles, está o texto da suplementação orçamentária, agora acrescido de planilhas de despesas para suplementar e fonte com excesso de arrecadação.

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