ANÁPOLIS GOIÁS
Atualizado em 16/07/2024 - 17:09
Agentes de endemias continuam a encontrar focos do mosquito Aedes aegypti em diversos imóveis da cidade (Foto: Pixabay)
Agentes de endemias continuam a encontrar focos do mosquito Aedes aegypti em diversos imóveis da cidade (Foto: Pixabay)

Anápolis enfrenta um cenário preocupante em 2024, com 51 mortes por dengue registradas até o momento, tornando-se a cidade com o maior número de óbitos no estado de Goiás. A reportagem da Rádio São Francisco FM investigou a situação junto à Secretaria Municipal de Saúde, e os indicadores da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) revelam que, no mesmo período, Goiânia registrou 29 mortes e Luziânia 25.

Perfil das vítimas

Durante as primeiras 28 semanas epidemiológicas de 2024, a análise dos dados mostra que a faixa etária mais afetada em Anápolis é a dos idosos com mais de 70 anos, representando 41,3% dos óbitos. Em seguida, o público entre 40 a 69 anos, aparece com 37%, e de 20 a 39 anos, com 17,4%. Além disso, a faixa etária de 15 a 19 anos teve a menor incidência, com 4,3% das mortes, e não foram registrados óbitos em crianças menores de 1 ano.

Patrícia Godói, gerente de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, destaca que, mesmo durante o período de seca, os agentes de endemias continuam a encontrar focos do mosquito Aedes aegypti em diversos imóveis da cidade.

“Mesmo com a seca, encontramos muitos focos do Aedes aegypti devido a descuidos como água parada em tambores, vasos de plantas e lixo espalhado em quintais e lotes baldios. É um cenário preocupante, pois o mosquito ainda encontra meios de se proliferar. Então, pedimos à população que continue atenta à limpeza dos imóveis e ao manejo adequado de água, e que busque a unidade de saúde ao notar qualquer sintoma. A maioria das vítimas fatais são pessoas idosas, acima de 60 anos, e é essencial que cuidemos também dos idosos e das crianças”, afirma Patrícia Godói em entrevista ao São Francisco News.

Em resumo, a automedicação é apontada pela gerente de endemias como um fator que pode agravar o quadro de saúde dos pacientes contaminados pela dengue.

Aedes aegypti é responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya (Foto: Reprodução)

Análise por sexo e bairros mais afetados pela dengue em Anápolis

A análise dos dados mostra que os homens são os mais afetados pela dengue, representando 56,5% do total de óbitos, enquanto as mulheres correspondem a 43,5%.

De acordo com o boletim epidemiológico mais recente da Secretaria Municipal de Saúde, dez bairros concentram a maior parte dos casos notificados de dengue em Anápolis:

  • Vila Jaiara: 1.916 casos (10,7% do total)
  • Jardim Alexandrina: 1.298 casos (7,3%)
  • Setor Central: 1.148 casos (6,4%)
  • Maracanã: 925 casos (5,2%)
  • Boa Vista: 881 casos (4,9%)
  • Bairro de Lourdes: 881 casos (4,9%)
  • Parque Residencial das Flores: 839 casos (4,7%)
  • Recanto do Sol: 830 casos (4,6%)
  • Parque dos Pirineus: 768 casos (4,3%)
  • Jundiaí: 728 casos (4,1%)

 

(Foto: Reprodução / Prefeitura de Anápolis)
Vista aérea de Anápolis (Foto: Reprodução / Prefeitura de Anápolis)

Como denunciar focos do Aedes em Anápolis ?

A gerência de endemias oferece o serviço de atendimento pelo telefone 0800-646-0408. Por meio desse número, os moradores podem solicitar a presença de agentes de endemias em suas residências ou empresas, além de fazer denúncias sobre possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.

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