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Atualizado em 08/02/2024 - 14:16
A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou oficialmente. (Foto: Reprodução / Agência Brasil)
A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou oficialmente. (Foto: Reprodução / Agência Brasil)

Jair Bolsonaro (PL) é um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8) para apurar a tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito nas eleições presidenciais de 2022.

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a apreensão do passaporte de Bolsonaro e a prisão preventiva de assessores diretos do ex-presidente, incluindo militares.

O documento, que estava no escritório de Bolsonaro na sede do PL em Brasília, já foi apreendido, assim como o celular de Tércio Arnaud Thomaz. O coronel Marcelo Costa Câmara e o major Rafael Martins de Oliveira, assim como Filipe Martins, todos ex-assessores de Bolsonaro, foram presos preventivamente.

Operação Tempus Veritatis

A operação, cujo nome em latim significa “hora da verdade”, foi possível devido a um acordo de delação premiada que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fechou com a PF. A corporação executa 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de outras 48 medidas cautelares.

As ações estão ocorrendo em nove unidades federativas (Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal), com o Exército Brasileiro acompanhando parte dos mandados.

Golpe de Estado

Conforme a PF, o grupo investigado agiu para possibilitar uma intervenção militar e assim, manter Jair Bolsonaro no poder. Eles são suspeitos dos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar fake news que alegavam fraude nas Eleições Presidenciais de 2022. A milícia digital teria começado a disparar os conteúdos até mesmo antes do dia da votação. O objetivo era justificar a tomada do poder pelos militares.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022. O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.”, afirmou a PF.

A defesa de Jair Bolsonaro ainda não se manifestou oficialmente.

 

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