Nesse Dia dos Pais (12), a Rádio São Francisco ouviu relatos de três pais . São histórias que mostram as diferentes formas que a paternidade tomou nos dias atuais.
Rafael Duarte, de 29 anos, é pai de duas crianças e falou sobre a experiência como pai de primeira viagem, aos 24. “A paternidade sempre foi um desejo para mim, desde a minha adolescência. Então, quando me casei aos 22 anos eu e minha esposa já tínhamos isso em mente”, disse.
O casal teve o primeiro filho de forma tranquila, após uma gravidez planejada. No entanto a segunda gravidez trouxe desafios. “Minha esposa perdeu o bebê devido a um aborto retido. Mas engravidou novamente, um mês depois, e veio nossa segunda filha. Foi uma circunstância um pouco triste, mas hoje, graças a Deus temos essas duas dádivas, que são a melhor coisa que a vida nos deu”, relembrou.
Adriel Santos, de 32 anos, vem conhecendo há 11 meses as alegrias e desafios da paternidade, desde o nascimento da pequena Laura. “Antigamente, o pai só pensava em colocar comida dentro de casa e deixar as crianças por conta da esposa. Hoje em dia não, queremos ter um elo mais forte com nossos filhos, acompanhar tudo de perto. É um prazer inexplicável ser pai”, disse.
Adriel acredita também que tarefas como trocar fraldas, dar banho e vestir a criança devem ser compartilhadas por pai e mãe. “Os filhos não devem crescer vendo desigualdade dentro dos lares, os pais devem os ensinar a ser respeitosos e carinhosos”, afirmou.
Paternidade após o divórcio
Segundo uma pesquisa realizada pela Associação de Pais e Mães Separados (Apase), em 2020, 80% dos filhos de pais separados sofrem algum grau de abandono afetivo. Eduardo Ajalas, de 32 anos, faz o possível para não entrar nesta estatística: visita seus filhos a cada 15 dias e liga frequentemente para as crianças.
“Existe ex-mulher, mas não existe ex-filhos. Sou bem presente e nos momentos em que estou com eles, o tempo é apenas para eles. Mas é difícil, tive dificuldades, pois a mãe já tentou me impedir de ver as crianças, apesar de eu estar fazendo tudo certinho”, relatou.
O pai no desenvolvimento psicológico da criança
Em entrevista à Rádio São Francisco, a psicóloga Yasmine Fayad Takeda falou sobre a importância do papel paterno no desenvolvimento do ser-humano.
“Quando pais são presentes, há uma melhora no desenvolvimento cognitivo e socio-emocional. Isso se confirma durante a existência e contribui para que adultos se tornem capazes de estabelecer limites e mais seguros nas relações. O pai, independentemente de quem realize esse papel, é fundamental para o desenvolvimento”, explicou a profissional.